Pesquisa encomendada pela Cetelem BGN ao Ipsos Public Affairs revelou que 19 milhões de brasileiros migraram no ano passado das classes D e E para a C. Com a ascensão financeira da população mais pobre, a classe C passou a ser a maior do país, com 101 milhões de pessoas. O volume representa 53% da população brasileira.
Enquanto isso, as classes D e E correspondem a 25%, e as classses A e B, a 21%. O aumento da renda média foi um dos motivos que garantiu o avanço da população menos favorecida. Segundo a pesquisa, a renda familiar média declarada pelas classes D e E foi de R$ 809. Trata-se de um valor 48,44% maior do que em 2005. Já a renda disponível cresceu 45,22% em relação a 2009, ao chegar a R$ 200,64.
A maioria dos brasileiros declarou que pretende pagar à vista os bens adquiridos neste ano. Contudo, alguns itens, como propriedades, carros e motos, já mostram desde 2010 uma tendência maior de financiamento. No ano passado, mais de 60% das compras de carros, geladeiras, fogões e televisores foram financiadas.O levantamento também mostrou que as perspectivas são positivas para 2011. Mais de 50% acreditam que o padrão de vida, a situação financeira, os investimentos e a capacidade de compras vão crescer nos próximos meses. Uma prova disso é que houve um aumento na intenção de compra para todos os itens analisados, sobretudo móveis, decoração, eletroeletrônicos, viagens e lazer.
O presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen, chamou atenção ainda para o fato de que 26% dos entrevistados comparam as taxas de juros antes de fazer as compras financiadas. "É mais um indicador de que o foco da empresa deve se manter na educação financeira, cada vez mais importante num país em que a classe C é dominante"
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